Arte ganha espaço no Ironman

Obras de artes chamaram a atenção do público durante o Ironman 2010

Enquanto os mais de 1,6 mil atletas lutavam contra os limites do corpo na prova do Ironman Brasil 2010, Adnaldo Rinaldi, 53 anos, buscava no esforço dos atletas motivos para transformar o momento em arte. O destaque do artista está na técnica utilizada, em três dimensões. Ele diz ser o criador do conceito, sempre tendo como tema central o esporte.



A chuva, que hora caia e hora não molhava, atrapalhou um pouco a exposição e o trabalho do artista, que levou paleta de tinta e cavalete a poucos metros do ponto de chegada dos atletas. Muitas obras tiveram que ser cobertas para não danificar o trabalho. “Esse tempinho que não ajudou”, diz Rinaldi, aproveitando a brecha de sol que raiou no final da tarde de domingo para expor mais obras. Rinald acomnha eventos de triatlhon, expondo as obras em diversas partes do mundo. Muitos atletas, espectadores e apreciadores da arte ficaram impressionados tanto com a iniciativa, como com o contexto das obras. “Este quadro foi encomendado e tenho que entregar até as 18h”, explica sem parar as pinceladas.

Forasteiro nos EUA

Firme e rápido com o pincel, o artista pausa para falar da filha. A saudade também serve de fonte de inspiração em meio ao barulho e os raios de sol que surgiam em meio a chuva fina. “Tenho uma filha que mora em Nova Iorque”, conta sem se deixar resignar.

Antes de se tornar Rinaldi foi letrista, pintava letreiros em estabelecimentos comerciais. A oportunidade de ir para os Estados Unidos, em 1980, deu ao letrista a oportunidade de se tornar um artista especializado. Lá nos EUA Rinaldi casou com uma americana e teve uma filha que não vê há anos. “Hoje um apaixonado por esportes. Gosto de todos, principalmente os de ação e radicais”, confessa. As obras expostas no Ironman variam entre R$ 15 à R$ 450.

O artista plástico atualmente vive exclusivamente da arte, e como fã dos esportes que retrata nas telas, mantém um olho na obra e o outro na competição.

Rinaldi acompanhou de perto a vitória de Luke McKenzie

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Texto e fotos: Fábio Bispo